sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

d´Arte – Conversas na Galeria XIV

[Postado por A.Tapadinhas]



Acabei de colocar no meu blogue, Sem Margens, esta pequena homenagem à memória de Malangatana, o mais prestigiado pintor moçambicano:

Malangatana
Quando estava a preparar nova entrada, tive notícia da morte de Malangatana. Não podia ficar indiferente. Admiro o pintor, tive o privilégio de o conhecer e ficar seu admirador e amigo.
Tenho para mim que a melhor maneira, talvez a única, de homenagear um artista é apreciar a sua obra. Por isso, aconselho vivamente quem me lê, a ver ou rever, algumas das suas pinturas ou esculturas. Malangatana era, é, um dos mais prestigiados pintores mundiais da actualidade, que com a sua morte deixou mais pobre o mundo lusófono. Na Casa da Cerca, em Almada, está patente uma exposição de obras do artista.
Muito novo, foi preso pela PIDE, juntamente com outros “perigosos” elementos, como, por exemplo, José Craveirinha, por pertencerem à “organização terrorista FRELIMO”. Saliento este facto da sua vida porque dentro da grandeza do seu coração não cabia o ressentimento e muito menos o ódio. É Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, foi galardoado pela Unesco, pela Holanda, na confirmação do seu princípio que a cultura não tem fronteiras e deve ser encarada com dignidade por todas as raças.
Como ele dizia, a cultura é mulata.

5 comentários:

Anne M. Moor disse...

António

Eu não conhecia este pintor. Conheci lá no blog da Graça, nossa amiga em comum, e achei sensacional. Eu fiquei mais rica. Obrigada aos dois por isso.

beijos
Anne

JORGE LEMOS disse...

Antonio Amigo

Passei pelo seu Blog e corri, o mais que rápido me coloquei para chegar aqui no Prozac e deixar a voce o meu abraço e o meu profundo agradecimento pela homenagem que presta ao grande artista Moçambicano MALANGATANA VALENTE NGWENIA cujas mulatas deram ao mundo aquele espirito
do José Craveirinha, " O MUNDO É MULATO". Meu primeiro contato com o pintor foi com a noticia da sua prisão pelo truculento poder policial PIDE nas Colonias de além mar. Procurei Malangatana e o encontrei através do Craveirinha
e Mia Couto.
A universalidade da cor se faz pelas eternas obras como ao do Senhor Pintor de Moçambique, como - dizia Di Cavalcante.

Levarei à proxima reunião da AMLAC - Academia Metropolitana de Letras a sua homenagem ao inpirado e talentoso pintor e em meus textos da imprensa me curvarei as suas palavras e o seu gesto de amor e respeito ao espirito livre deste universal artista. Quem quizer conhecer as obras deste consgrado mestre acesse o Google e lá encontrará o precioso trabalho deste grande homem.

A você amigo minha gratidão por este espirito universdalista que nos impõe através do seu texto e de suas obras.
Grato

Jorge Lemos - Presidente edo Conselho da
AMLAC

A.Tapadinhas disse...

Anne: A sua pintura, a expressividade da cor tem a ver com as nossas raizes culturais. Daí a naturalidade com que nós gostamos dela...

Beijo,
António

A.Tapadinhas disse...

Amigo Jorge Lemos: Agradeço o destaque que dá à singela homenagem que dediquei ao grande vulto da pintura moçambicana, lusófona e mundial, Malangatana.

Foi minha intenção, mais do que chamar a atenção para a notícia do seu desaparecimento, salientar a sua obra, sabendo que, infelizmente, nas primeiras páginas dos jornais, nas aberturas dos telejornais, o destaque seria dado a outros assuntos mais mediáticos.

A Oeste nada de Novo...

Grande Abraço,
António Tapadinhas

Udi disse...

Adorei!
Que bom você estar ocupando esse espaço.
bj