Favela 0512 Díptico Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre 2 telas de 60x40cm
(clique sobre a imagem)
O meu amigo, Luís Santos, escreveu:
Morro acima cruzes, muitas cruzes. Feitas de pau. Como aquelas que se vêem em muitos cemitérios. No tombo dos mais frágeis o sonoro revela o ruído compassado de uma intermitente arma de guerra, como se de um sapateado se tratasse.
No meio do morro nasceu uma flor. E nasceu uma criança que se apaixona pela flor. É um pé de laranja lima.
Porque será que o morro está mais amarelado de um lado? Pela luz do sol, pela rotação do planeta. A indestrutível lei da natureza. Não fossem as sombras.
Respondi-lhe:
No alto do morro, nas favelas
nascem pés de laranja lima,
não nascem facas ou fuzis!
O sol que brilha nas janelas
aquece as sombras e a dor,
num bairro alegre ou tristonho.
Com ele fica a esperança
de quem nunca desanima
e acredita no sonho!
sábado, 22 de janeiro de 2011
d´Arte – Conversas na Galeria XVI
[Postado por A.Tapadinhas]
Postado por A.Tapadinhas às 2:33:00 PM
Marcadores: d´Arte - Conversas na Galeria
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6 comentários:
António
Esta tua tela tem um mistério todo dele que irradia esperança...
beijos
Anne
Seja Sonho
ou realidade
uma causa maior
ocorre
entre balas de fuzis
ou balas
sabor laranja
lima que cerra a miseria
em cada janela encerra
luz que lá se enxerga
abaixo
ao pé da serra
onde homes nada vêem
Antonio
Genialissimos texto e arte.
Vi-me
Tonhão diria:
-O home enxerga tudo!
Jorge Lemos
Passei para conhecer este blog. Descobri que possui textos esplêndidos.
www.vivendoteologia.blogspot.com
belo blog gostei ...pbens
Esse lugar é pra minha geração...
SeguindOO
'E TOME' SONHO! Bjs!
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