sábado, 18 de dezembro de 2010

d´Arte – Conversas na Galeria XII

[Postado por A.Tapadinhas]


Favela 911 Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela 50x60cm
(clique sobre a imagem)

Acabei esta primeira obra duma série que há longo tempo vinha planeando, em 9 de Novembro, daí o seu título, Favela 911. Desgraçadamente, pelos piores motivos, este tema tornou-se notícia de primeira página e abertura de noticiários de televisão. Não tinha intenção de apresentar estas obras no Estudo Geral, mas "Vemos, ouvimos e lemos...não podemos ignorar"...
Favela no Brasil, bairro de lata em Portugal ou musseque em Angola, são palavras que definem a área degradada de uma cidade, caracterizada por moradias precárias, com edificações inadequadas e materiais de construção inventados, muitas vezes estranguladas entre morros ou colinas.
No meu quadro é o azul que oprime as casas e as pessoas que se adivinham nos intervalos coloridos das vielas estreitas e é o amarelo que serve de manto diáfano para a dureza do quotidiano.
Esta é a primeira obra duma nova série a que chamo, Favela, porque das palavras que definem esta realidade, é a palavra mais colorida.
Na penumbra dourada que suaviza as cores cruas do passado presente, espero que encontrem a beleza verdadeira, aquela que provoca arrepios, como na canção de Caetano Veloso, Menino do Rio.
Tomem esta minha obra como um abraço!

9 comentários:

José María Souza Costa disse...

Belissimo. Parabens.
Tenha um dia bom e fique com DEUS

Walmir Lima disse...

Amigo António,

Agradeço o abraço.

Saiba que as favelas brasileiras, principalmente as do Rio de Janeiro, já deram motivo e inspiraram belíssimas músicas e outras obras de arte.

Pelo que vejo nesses teus quadros, a fonte de belezas que elas proporcionam ainda nem chegaram perto de acabar.

Um abraço carinhoso de Centauro, curvado, a outro Centauro.

Walmir

Anne M. Moor disse...

As tuas Favelas, António, cada uma, traz uma emoção diferente. São lindas...

Beijos
Anne

Jorge Lemos disse...

Antonio

O calor da mesma, une-se com
o esplendor da sua verve para nos trazer alento.

Tudo de Bom.

Lemos

A.Tapadinhas disse...

José Maria Souza Costa: Obrigado pelas suas simpáticas palavras!

Abraço,
António

A.Tapadinhas disse...

Walmir: Para me sentir mais confortável na realização destes meus trabalhos, procurei informar-me sobre este tema.

As situações extremas, quase sempre, proporcionam a reveleção do melhor e do pior que há em cada ser humano. Somos assim...

Abraço de Centauro,
António

A.Tapadinhas disse...

Anne: Estou indeciso sobre a continuação da série...

Tenho uma já pronta no meu espírito... Falta a decisão de a executar...

Beijo,
António

A.Tapadinhas disse...

Jorge Lemos: Palavras de quem sabe do que fala. Obrigado, Mestre!

Fraterno abraço,
António

Anne M. Moor disse...

António

Agora me deixaste curiosa :-)