(antes de prosseguir)
Há algumas semanas fiz uma postagem de título “Momento Zen – I” onde transcrevi trecho de um livro de autor tibetano, Sogyal Rinpoche, em que ele introduz o conceito de meditação.
Ainda nessa mesma postagem dizia que tinha a intenção de prosseguir com transcrições desse autor que – em minha opinião – descreve numa linguagem acessível a experiência da meditação.
A receptividade da blogaldeia à postagem foi maravilhosa e, dentre os vários comentários, havia o do António (Tapadinhas) que remeteu a uma idéia descrita pelo Sogyal Rinpoche num momento do livro anterior ao que eu já havia transcrito. Por isso, decidi alterar a sequência de textos que havia planejado postar inicialmente para ilustrar, com um trecho do mesmo livro , o que o António havia comentado sobre sentir sua pintura como uma forma de meditação
Nessa segunda postagem ("Momento Zen II"), citei um trecho onde o autor ainda não descrevia a meditação em si, apenas introduzia o conceito daquilo que chama de “natureza da mente”: a natureza essencial da mente não é aquele turbilhão de pensamentos no qual já nos acostumamos a permanecer cotidianamente. A natureza essencial da mente é, sim, aquele vislumbre de plenitude que sentimos ao apreciar uma canção, uma paisagem, uma obra de arte... e, apesar de ser uma sensação desperta a partir de uma atitude de contemplação, não impede que seja associada de forma análoga ao “estado meditativo” para que – quem nunca meditou – pudesse entender, ainda que de um jeito simplificado, o estado da mente meditativa.
Então, esclareço: contemplação e meditação são atitudes diferentes... a contemplação necessita de algo externo para despertar uma “sensação” (na verdade, o acesso à natureza essencial da mente), enquanto na meditação, você se coloca (com muito treino e muita disciplina, sim!) em uma postura tal que te possibilita conduzir a mente à sua natureza essencial.
(FF: espero ter esclarecido as suas questões)
Foto da ilustração: detalhe de uma mandala tibetana feita de areia colorida daqui
25 comentários:
...vocês também estão lendo o post em letras enoooormes?! não sei por que ficou assim...
Grande palavras de uma grande mulher...
udi,
contemplar e meditar...
mais uma lição
de vida!
.
Ei Udi,
bastante didática e esclarecedora a postagem. Mas, afinal, você vai contar sua experiência pessoal ou não? rss
(E claro que vou dar um jeito de esculhambar, né? O efeito "medidativo" é obtenível inclusive quando a música é ruim e a pintura pior? rss)
FF: ufa! saí do looping!
:)
Te agradeço por sempre apontar a possibilidade de que posso fazer melhor, querido Mestre!
Camisinha,
lição? ...não era essa a intenção, mas se prá você está bem assim, então ótimo, valeu a intenção.
bj
Ei moço,
talvez saia... só uma questão de desapegar do ego...
(cê num esculhamba nada!)
;)
Oi, Maria Udi,
Obrigado por mais essa postagem
super interessante.
E obrigado, tambem, por manter o Prozac Café ativo pra nós. Afinal, praticammente só você tem postado ultimamente.
Um beijão
Walmir
Oi Walmir, eu é que agradeço o seu prestígio e incentivo de sempre.
beijos
Ué, o que houve com o Walmir? O disco (LP ou vinil para os mais velhos) tá arranhado? rss
Thanks Udi...
Então qdo dizemos estar meditando estamos tentando 'conduzir nossa mente à sua natureza essencial' que é???????? Pensar??? Refletir??? É isso Udi??? Hellllllllllllllp...
Érre... pensei em soluço, mas essa imagem também tem a ver (...risos!)
Oi Anne,
se você for ao "momento zen II" poderá encontrar mais detalhes mas aqui mesmo netse "...zen II-a" você encontra:
A natureza essencial da mente é, sim, aquele vislumbre de plenitude que sentimos ao apreciar uma canção, uma paisagem, uma obra de arte...
beijos
Anne: relendo percebo que não havia entendido sua pergunta quando respondi acima. Creio que a resposta à sua pergunta (segundo a linha de raciocíno que estou seguindo, ok?) seja: meditar. Meditação é, como diz o Sogyal Rimpoche, trazer a mente de volta para casa.
bjs
Gostei! Trazer a mente de volta pra casa... Que figura mais genial Udi. THanks...
Anninha, eu que agradeço a receptividade e interesse.
bjs
Criei um díptico a que chamei Yin Yang (já fiz uma postagem com ele) e, agora, com o curso "Momento Zen", ministrado pela Udi, tenho andado a "meditar" num quadro, díptico, tríptico, o que for, traduzindo estes belos momentos... Vamos ver, se não passará de projecto...
Beijo.
António
Hummm. 'Intindi'. Legal.
E, by the way, que liiiinda esta mandala. Fiquei aqui a contemplá-la antes de ler o post...
Beijo e ótima semana, Udita!
António: vou lá correndo no "Sem margens..." procurar esse díptico. ..
Afe! será um privilégio você abrir mais uma possibilidade de acompanharmos seu processo de criação! (que bênção!)
Amandita-linda! (o Theo melhorou?)
E não é uma maravilha a contemplação?!
beijos
demorei mas cheguei:
é por isso que fechamos os olhos...
Bjo da gafanhota!
Florzinha-gafanhota: cê tá me saindo melhor que a encomenda!
beijo
Queridos todos: do fundo do meu coração, agradeço esse carinho confesso que quem se sente mais aprendendo sou eu.
beijos
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