terça-feira, 13 de maio de 2008

Ensaio sobre a cegueira

[Postado por Gui Ferrari]

Porque as pessoas gostam tanto desse livro, ein?
não que eu não veja seu real valor, mas realmente o livro é muito pesado e dificil de ler... tem várias coisas mais gostosas de ler!
porque as pessoas gostam tanto de coisa pesada?
não que eu não veja valor na denúncia, mas o próprio Fernando Meirelles diz "infelizmente, o cinema não muda nada, serve apenas para mostrar".
será que a vida já não tem peso o suficiente?

11 comentários:

Udi disse...

como você é parecido com o seu pai, nénão?

Gui Ferrari disse...

hahaaahha

é verdade.. você lotou meu blog de comentários! adorei! hehehe

tks!

Flavio Ferrari disse...

Gui: como você bem sabe, há sempre várias formas de se abordar qualquer tema.
Os bons filósofos, de um modo geral, não se rendem ao estilo "pop", tão ao seu gosto e ao meu.
São adeptos do estilo "no pain, no gain".
Por outro lado, muita gente inteligente não valoriza um texto (ou um filme) com abordagem mais lúdica. Assim como tem gente que só leva a sério quem é sisudo.
Tem gosto para tudo, e pelo menos um autor para cada gosto.
A arte não ensina nada, não muda nada. Só apresenta (o Meirelles está certo). Mas não é "infelizmente".
Acontece que aprender e mudar são tarefas individuais; não são responsabilidade do artista.

Suzana disse...

"Acontece que aprender e mudar são tarefas individuais; não são responsabilidade do artista."


Perfeito.A mais pura verdade.E a grande maioria morre de medo de mudanças sejam quais forem.

Érica Martinez disse...

Gui, ainda não li esse livro, embora tb já tenha ouvido vários amigos falarem sobre ele.
Eu costumava evitar a todo custo, filmes e livros "pesados", mas às vezes a gente passa por 'coisas' e fica achando que está 'só no mundo' passando por aquilo - até pq acha que não seria justo mais alguém ter passado por aquilo também - porque dóoooi, porque acha que 'o mundo vai acabar' e tal, então, a gente encontra filmes, pessoas, relatos, músicas e afins onde reconhece aquela situação, aquela história e aí a dor fica menor porque encontrou um par...

obs 1: não sei se posso generalizar com "a gente", "só sei que foi assim"

obs 2: ai, comprido, né? Ops!

Anne M. Moor disse...

Não concordo com FF quando ele diz "A arte não ensina nada, não muda nada". Ao mesmo tempo concordo que aprender e mudar é responsabilidade e ato do indivíduo, MAS aprendemos e mudamos A PARTIR da Arte sim. A Arte não é supérflua na vida das pessoas não. O aprender e mudar é sempre a partir de algo: a vida, o contexto, a informação, a Arte, a linguagem como um todo...

disse...

Gui leve .
Flavio com a precisão de sempre, somado com o carinho que sai das linhas ao falar com o filho.
A gente pega carona e aproveita.
Quanto à arte , no mínimo desenvolve e faz pensar, e o esforço é mesmo de cada um.(Essa foi grande!).
Dois beijos.

Jorge Lemos disse...

Pleno acordo com a Anne: se não ensina" para que serve? A arte proporciona ou acompanha o desenvolvimento humano. Estou relendo
"O Graande Livro da Mitologia" da Ediouro, com centenas de ilustrações da evolução das artes plasticas e pasmo fico a repetir: quanta contribuição nos ofereceram todas as artes ao longo de toda história.

Gui, vamos em frente pois atraz vem gente. Abraço

Flavio Ferrari disse...

Não ensina, mas instiga ...

Raquel Neves de Mello disse...

Ensaio sobre a cegueira é um dos meus livros preferidos e Saramago é um dos meus autores preferidos. Não o acho nada pesado. Pesado é o Jornal Nacional. Beijos

Érica Martinez disse...

(touché, Raquel!)