Eu até uso essas frases, mas achei interessante postar pra ver as diversas opiniões heheh adoro debates...
"Implico com palavras, e acho que não é à toa. Já disse aqui que ninguém chama São Paulo Bacana de Sampa. Ou que ninguém bacana em São Paulo se refere à sua cidade assim. Mas será que estou certo? Os jovens, às vezes, vêm me contrariar: quando reduzem a capital a este apelido em que (eu acho) só Caetano vê graça - tenho certeza de que isso é coisa de quem vem de fora, para ficar assim... íntimo, sabe? -, ou adotam as primeiras sílabas para se chamarem uns aos outros. O que não acho tão bacana, mas acontece demais. Desta forma viram Má, Rô e Rê com a maior facilidade. E os pais, que se esforçaram na escolha de nomes bonitos como Maria tão somente ou alguma coisa, ou ainda Roberta e Renata, acabam adotando também estes substitutos dos antigos diminutivos para os nomes próprios de seus filhos - e até deles mesmos. Antigamente, quem era Carmen virava Carminha. E Helena era Heleninha na certa. Seria possível chamá-las de Cá e Hê? Cá até vai, mas Hê?!? Implico com as palavras sim, e acho que nem sempre é à toa. E não só com as adulterações dos nomes, e seus conseqüentes apelidos. Por exemplo: o que antes era super, ultra e hiper - assim como em superinteressante, ultrarápido e hipermercado, todos já consagrados - agora ganha concorrência quase desleal. Outro dia ganhei um mega-abraço. Ainda que ao vivo, foi de longe, só dito, não dado ou recebido. Vale? E acabo de ouvir de uma menina, na mesa de bar ao lado da minha, em que conversava com a amiga, o que considerei uma novidade. Ela dizia o quanto o pai do namorado ficava master sem graça cada vez que dividia a sala de TV com os dois... Master sem graça? Tá todo o mundo usando e só eu não tinha sido avisado? Olha, o maior legal, ou o maior qualquer coisa já fazem parte do meu dicionário - afinal, sou do tempo do maior barato. Mas tem outras, vamos dizer assim... abreviaturas, com as quais definitivamente implico. Por exemplo: como em geral os jovens é que freqüentam a faculdade, deles vem a tal da intimidade total com a facul. E ainda que não sejam os maiores fãs de refrigerantes, é deles que ouço o irritante codinome refri. Será melhor do que se referir ao celular como celu? É: implicâncias à parte, entendo que a língua deve evoluir. Mas não involuir. Porque estas modernidades pequeninas podem incomodar - e muito. Pelo menos a quem já passou dos 40 - como eu!
P.S.: Ah, e esqueci de comentar a breja...
Sérgio Zobaran para o portal CHIC.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
"Refri da facul.."
[Postado por Carol Dias]
Postado por Carol Dias às 11:48:00 PM
Marcadores: Carol
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12 comentários:
Cá,
Acabo de chegar em Sampa e achei seu comment tri-legal (ou bacan, como diria a Camilinha, minha amiga Colombiana).
Tenho certeza que a Lú, a Ti e a É váo mega curtir também.
Breja é realmente do mal ...
Mas facul é belê ...
No meu tempo era facú !
Cara deprê. Com o maior respê.
Beijo.
SAMPA ´e MUITO MASSAAAAAAAAAAAAAA!!!!
Fia, você é uma brasa, mora!
"Carol" Dias... rs...
Para algumas pessoas como eu, que MEGA fala pelos cotovelos, às vezes, RE-FRI-GE-RAN-TE se torna uma palavra muito gigante para quem tem que falar 5000 outras palavras na sequência... Penso até que essa redução pode ser uma "estratégia de marketing", para passar a informação rapidamente sem perder a atenção do ouvinte... sei lá... rs...
Eu acho MASTER fofo quando meus amigos me chamam de É!, nem todos conseguem, não é nem uma sílaba, é uma letra!!! Mas eu adoro pq sei que é a mais carinhosa das maneiras... Mesmo porque, imagine seu pai te chamando de CA-RO-LI-NA! Na certa é pra te dar um pito mesmo! rsrsrsr
PS: caraca! tomei um susto, por um momento pensei que quem tinha 40 anos era você! rsrsr
PPS: Outro dia alguém aqui no blog chamou o Ernesto de "Er"... hahahahahahaa... achei ótimo!
Cabra chato esse aí!
Maior "boko-moko"!
Não genteeee eu falo assim também!! Tenho 19 né?? Tenho até uma suuuuper amiga mineira e eu sempre me pego falando Nó, trem quidicarne, lidileite... Abrevia as coisas né?? Só queria ver as opiniões.. mas pelo jeito ninguém discorda de mim!
Imagina no msn, a gente escrevendo essas palavras E S T R A T O F É R I C A S.
Essa simplificação é coerente com a necessidade de "otimizar" o tempo:
Fast food, comida kilo,ícones, telefonia movel, e mails, internet etc.
Quanto às outras não simplificadas: gírias que existem desde quando o primeio ser humano chegou na adolescência
Vai ver que ele pulou essa parte.
E essa tendência de apelidar com a primeira sílaba do nome,é apenas a maneira atual de mostrar o carinho nos apelidos, que existe tb desde que o primeiro ser humano (rss)sentiu carinho.
Antes Carolina era Lola, agora é Ca, ou Carol.
O ser humano faz a mesma coisa, mas tem que trocar de roupa .Só isso.
Tão simples e tão normal.
O mundo evolui, só o Congresso Nacional que não.
Bj
EXtratosféricas é com x? Será?
...e "maior legal" já virou "mó legal"
Master interesse!!!! Uma vez lá nos idos dos anos 80, minha professora de português chegou em aula e disse não ter entendido uma conversa ouvida na fila do banco:
Falante 1: i!
Falante 2: eeeeeee!
Agora, as expressões e os gestos que acompanharam essa master convê completaram a conversa nas entrelinhas... :-) Isso é línguagem!!
Sabe qual é a maior frase em lingua portuguesa sem consoantes?
Um surfista dizendo pro outro:
Ó o auê aí ô.
Deu o recado nao deu?
Então, valeu!
Pô, cá, mó pé ó!
Facú é duca! Sacô?
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