sexta-feira, 14 de setembro de 2007

"Refri da facul.."

[Postado por Carol Dias]

Eu até uso essas frases, mas achei interessante postar pra ver as diversas opiniões heheh adoro debates...

"Implico com palavras, e acho que não é à toa. Já disse aqui que ninguém chama São Paulo Bacana de Sampa. Ou que ninguém bacana em São Paulo se refere à sua cidade assim. Mas será que estou certo? Os jovens, às vezes, vêm me contrariar: quando reduzem a capital a este apelido em que (eu acho) só Caetano vê graça - tenho certeza de que isso é coisa de quem vem de fora, para ficar assim... íntimo, sabe? -, ou adotam as primeiras sílabas para se chamarem uns aos outros. O que não acho tão bacana, mas acontece demais. Desta forma viram Má, Rô e Rê com a maior facilidade. E os pais, que se esforçaram na escolha de nomes bonitos como Maria tão somente ou alguma coisa, ou ainda Roberta e Renata, acabam adotando também estes substitutos dos antigos diminutivos para os nomes próprios de seus filhos - e até deles mesmos. Antigamente, quem era Carmen virava Carminha. E Helena era Heleninha na certa. Seria possível chamá-las de Cá e Hê? Cá até vai, mas Hê?!? Implico com as palavras sim, e acho que nem sempre é à toa. E não só com as adulterações dos nomes, e seus conseqüentes apelidos. Por exemplo: o que antes era super, ultra e hiper - assim como em superinteressante, ultrarápido e hipermercado, todos já consagrados - agora ganha concorrência quase desleal. Outro dia ganhei um mega-abraço. Ainda que ao vivo, foi de longe, só dito, não dado ou recebido. Vale? E acabo de ouvir de uma menina, na mesa de bar ao lado da minha, em que conversava com a amiga, o que considerei uma novidade. Ela dizia o quanto o pai do namorado ficava master sem graça cada vez que dividia a sala de TV com os dois... Master sem graça? Tá todo o mundo usando e só eu não tinha sido avisado? Olha, o maior legal, ou o maior qualquer coisa já fazem parte do meu dicionário - afinal, sou do tempo do maior barato. Mas tem outras, vamos dizer assim... abreviaturas, com as quais definitivamente implico. Por exemplo: como em geral os jovens é que freqüentam a faculdade, deles vem a tal da intimidade total com a facul. E ainda que não sejam os maiores fãs de refrigerantes, é deles que ouço o irritante codinome refri. Será melhor do que se referir ao celular como celu? É: implicâncias à parte, entendo que a língua deve evoluir. Mas não involuir. Porque estas modernidades pequeninas podem incomodar - e muito. Pelo menos a quem já passou dos 40 - como eu!
P.S.: Ah, e esqueci de comentar a breja...
Sérgio Zobaran para o portal CHIC.

12 comentários:

Flavio Ferrari disse...

Cá,
Acabo de chegar em Sampa e achei seu comment tri-legal (ou bacan, como diria a Camilinha, minha amiga Colombiana).
Tenho certeza que a Lú, a Ti e a É váo mega curtir também.
Breja é realmente do mal ...
Mas facul é belê ...
No meu tempo era facú !

disse...

Cara deprê. Com o maior respê.
Beijo.
SAMPA ´e MUITO MASSAAAAAAAAAAAAAA!!!!

Ernesto Dias Jr. disse...

Fia, você é uma brasa, mora!

Érica Martinez disse...

"Carol" Dias... rs...
Para algumas pessoas como eu, que MEGA fala pelos cotovelos, às vezes, RE-FRI-GE-RAN-TE se torna uma palavra muito gigante para quem tem que falar 5000 outras palavras na sequência... Penso até que essa redução pode ser uma "estratégia de marketing", para passar a informação rapidamente sem perder a atenção do ouvinte... sei lá... rs...

Eu acho MASTER fofo quando meus amigos me chamam de É!, nem todos conseguem, não é nem uma sílaba, é uma letra!!! Mas eu adoro pq sei que é a mais carinhosa das maneiras... Mesmo porque, imagine seu pai te chamando de CA-RO-LI-NA! Na certa é pra te dar um pito mesmo! rsrsrsr

PS: caraca! tomei um susto, por um momento pensei que quem tinha 40 anos era você! rsrsr

PPS: Outro dia alguém aqui no blog chamou o Ernesto de "Er"... hahahahahahaa... achei ótimo!

Anônimo disse...

Cabra chato esse aí!
Maior "boko-moko"!

Carol Dias disse...

Não genteeee eu falo assim também!! Tenho 19 né?? Tenho até uma suuuuper amiga mineira e eu sempre me pego falando Nó, trem quidicarne, lidileite... Abrevia as coisas né?? Só queria ver as opiniões.. mas pelo jeito ninguém discorda de mim!

disse...

Imagina no msn, a gente escrevendo essas palavras E S T R A T O F É R I C A S.
Essa simplificação é coerente com a necessidade de "otimizar" o tempo:
Fast food, comida kilo,ícones, telefonia movel, e mails, internet etc.
Quanto às outras não simplificadas: gírias que existem desde quando o primeio ser humano chegou na adolescência
Vai ver que ele pulou essa parte.
E essa tendência de apelidar com a primeira sílaba do nome,é apenas a maneira atual de mostrar o carinho nos apelidos, que existe tb desde que o primeiro ser humano (rss)sentiu carinho.
Antes Carolina era Lola, agora é Ca, ou Carol.
O ser humano faz a mesma coisa, mas tem que trocar de roupa .Só isso.
Tão simples e tão normal.
O mundo evolui, só o Congresso Nacional que não.
Bj

disse...

EXtratosféricas é com x? Será?

Udi disse...

...e "maior legal" já virou "mó legal"

Anne M. Moor disse...

Master interesse!!!! Uma vez lá nos idos dos anos 80, minha professora de português chegou em aula e disse não ter entendido uma conversa ouvida na fila do banco:
Falante 1: i!
Falante 2: eeeeeee!

Agora, as expressões e os gestos que acompanharam essa master convê completaram a conversa nas entrelinhas... :-) Isso é línguagem!!

disse...

Sabe qual é a maior frase em lingua portuguesa sem consoantes?
Um surfista dizendo pro outro:
Ó o auê aí ô.
Deu o recado nao deu?
Então, valeu!

Walmir Lima disse...

Pô, cá, mó pé ó!
Facú é duca! Sacô?