domingo, 16 de março de 2008

Limites e derivadas

[Postado por Flavio Ferrari]

Conversávamos no carro, Udi, Ti e eu, sobre crises e superações.
Tenho uma visão muito particular sobre crises.
Passei por várias.
E em cada uma delas, me vi diante da necessidade de tomar uma decisão entre aceitar meus limites ou superá-los.
Morrer de morte morrida ou de morte matada.
Ver morrer a esperança ou matar aquilo que fui.
Nas primeiras crises a decisão foi mais fácil.
De cada uma delas, emergi mais forte, e mais vulnerável.
A última foi (tem sido) a mais difícil.
Mas a escolha foi feita, limites expandidos, e a crise administrada.
Não sem ajuda profissional e apoio dos amados.
E, pela primeira vez, tenho medo da próxima.
Se tudo correr bem, como vaticinou a Udi, será só aos 56 anos.
Vou precisar de Ti ...

9 comentários:

Amélia disse...

Como saimos mais fortalecidos de cada crise, a próxima será sempre mais díficil, caso contrário deixaria de ser uma crise...

A boa notícia é que o período posterior é sempre o melhor!! Aproveite... Para que quando a próxima chegar, você continue a acreditar que valerá a pena...

A Ti cabe a certeza do que está na mente, no coração e para sempre....

Udi disse...

É um privilégio estar tão perto de vós: tu e Ti!

Particularmente, gosto muito de transpor para a vida os termos utilizados em Matemática:
- limites são impotantes, ainda que apenas para indicar a tendência e não algo definitivo: uma "coisa" que tende ao infinito, não necessariamente chegará lá e vice-versa colocando o "zero" no lugar do infinito.

(pensei em falar ainda sobre derivadas e integrais... mas daí já poderia ser um post, né?)

Jorge Lemos disse...

Disse Pablo Neruda:
"E lá na sombra carcomida
as plumas eram um incendio..."

O fogo não foi apagado, somente
ressurgiu pela esperança. Assim construímos nossas vidas, entre as plumas dos desejos e a férrea vontade de viver.

A raiz do amor deve nutrir seu sangue.
Viva

Anne M. Moor disse...

Crises vem e vão e quase sempre nos deixam mais fortes. O ingredientes necessário é uma amor imenso pela vida...
Beijo grande

Ernesto Dias Jr. disse...

Ô Udi.
Você vive me dando idéias para postagens poéticas com seus comentários.

Quanto às crises, procuro 1)lembrar que fui eu quem a criei por alguma escolha. Logo, o enfrentamento da crise é a defesa da escolha, e 2) como dizia minha vó (e procuro me aferrar a isso): Não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe...

disse...

UDI:
Peloamordedeus, se vc inventar de falar sobre derivadas e integrais, EXPLICA MINUCIOSAMENTE porque eu nao consigo ficar sem entender as coisas.
Depois vou querer entender isso direito, e vou perder (ou ganhar ) um tempão lendo a teoria.
Facilita pra mim, por favor(rs).
Um beijo.
Ernesto:
Ótima teoria.Eu vivo defendendo escolhas.
Bj.

Suzana disse...

As escolhas sempre nos fortalecem.


Quando são nossas!

bjs

e.t.: Qdo do outro, nos entristecem.Mas, depois, certamente nos fortalecem.
Bem depois...

Walmir Lima disse...

Em meio a crises e decisões, superando os limites e suas derivadas, emerge o homem forte que percebemos dentro de você e que me faz lembrar Clarice Lispector:

"Quem me acompanha que me acompanhe: a caminhada é longa, é sofrida mas é vivida."

Com ela, você emergirá mais forte, mais uma vez.

zuleica-poesia disse...

Bem que eu gostaria de poder lhe dar meu colo a cada crise. Mas tenho consciência da minha impossibilidade. Mas, enquanto eu estiver sobre a terra, conte comigo. bjs.