quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Proximity

[Postado por Tina]

O chefinho me manteve ocupadíssima nas últimas semanas, resolvendo um probleminha pra ele lá em Bimini. Por isso estou meio atrasadinha com as respostas.
Luluzinha me mandou um recadinho, que agora não sei onde enfiei, com mais algumas perguntinhas espertas. A Raquel também.

Proxy

Esse negócio de Proxy é bem legal.

Quando você navega na Internet, está sempre livre e solta. Vai para onde quer, e ninguém tem nada com isso, não é? Você só precisa de um barquinho que a gente chama de navegador (o simpático browser), uma conexão e pronto.

Daí você digita um endereço e vuuuuuuummmm! Seu pedido salta de nó em nó na rede até chegar no computador que hospeda as páginas que você quer ver e as devolve pra você.
Mas às vezes a gente fica sem carro, e então tem que pegar emprestado o carro de alguém, ou pedir carona prum amigo, ou gritar táaaaaaaaxi! O carro (browser) não é seu, não dorme na sua garagem (computador), mas ainda assim leva você pra lá e pra cá.

O carro alheio é o Proxy.

Funciona assim: em vez da requisição do endereço partir do seu computador diretamente para a net, ele passa, sempre e primeiro, por outro computador (o proxy). Quem “solta” o endereço na rede para ser buscado para você é o proxy, e não mais o seu computador. É como dizer pro seu amigo: “Me leva pra casa da Tina?”. Quem conduz o carro é ele, mas você chega lá do mesmo jeito. A única diferença do proxy é que, na internet, quando você usa um proxy tem que ir e voltar com ele, ou seja: ele requisita o endereço na net, mas também é ele quem recebe a página. Então ele retransmite pra você.

O proxy serve pra um montão de coisas. Uma empresa grande, com muitas filiais, pode obrigar seus funcionários a navegarem através de um proxy da própria empresa. Assim, todo o tráfego da organização passa antes por aquele servidor e pode ser controlado, fiscalizado e até mesmo censurado. Além disso, se a empresa usar uma internet própria (intranet), qualquer transferência de arquivo ou acesso que não seja desejável entre essa redinha e a redona (a internet), tem que passar sempre pelo mesmo ponto, ficando mais fácil montar uma barreira de segurança (firewall),

Quer ver um proxy funcionando agorinha mesmo?

Entre em www.anonymouse.org, e clique na bandeirinha americana que tem lá. Vai aparecer uma tela com um lugar pra você digitar um endereço qualquer da internet (Enter URL). Digite um endereço qualquer lá – o do Prozac, por exemplo – e clique no botão “Surf anonymously”.

O Prozac vai aparecer. Vai aparecer também um popupzinho com propaganda, mas é só clicar no X, fechar essa janelinha se ela te incomodar e pronto.
Clique num link qualquer do Prozac (ou do site que você escolheu), e o proxy leva você até lá, normalmente.

Preste atenção no endereço que aparece lá em cima no seu próprio navegador. Você vai ver que não é mais o do Prozac, embora você esteja vendo o Prozac! O endereço é o do proxy. É com ele que você está falando, e não com o blog. Ele só está acessando o blog pra você, ida e volta.

A única coisa que a maioria dos proxys de graça como esse não fazem é permitir que você acesse formulários. Assim, se você quiser postar um comentário no blog usando um proxy, ele não vai deixar.

Uma curiosidade:

Foi usando um proxy assim que o pessoal pôde ver o vídeo da Cicarelli quando aquele sujeitinho ingênuo proibiu o You Tube no Brasil. E foi assim que eu pude ver os blogs também, quando deu aquele pauzinho no blogspot por causa do Speedy.

Advertência

Para os mais bobinhos: NUNCA use um proxy para entrar no seu banco pela Internet, nem qualquer outra coisa séria. TUDO o que você digitar ou clicar deixa de ser protegido, e aí ó...

Depois eu falo de DNS e outras coisinhas (Lú), e também sobre como preparar imagens para postagens (pedido da Raquel). Senão fica mais comprido do que já está.

Beijão procês!

Um comentário:

Raquel Neves de Mello disse...

Tina, voce é demais! Se eu usar esse camundongo anonimo (vc sabe o motivo pra esse nome?), posso escapar do controle da casa-grande? É que aqui na senzala eu nao posso ouvir uma musiquinha na inocente Radio Uol, por exemplo. Até checar fotomensagens no site da Tim é bloqueado. Tambem, quem manda resistir a se render a tecnologia e continuar usando um celular arqueologico?